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30 de julho de 2025
COMO LIDAR COM O QUE SENTIMOS

Você já teve a sensação de que uma emoção tomou conta de tudo? Como se fosse impossível pensar em mais nada ou até respirar com calma? Sentir é parte de ser humano, mas às vezes as emoções chegam tão intensas que nos deixam sem chão.

As emoções são como pequenas mensagens internas. Elas vêm para nos avisar sobre algo que está acontecendo ao nosso redor ou dentro de nós, preparam nosso corpo para agir e, quando cumprem seu papel, vão embora.


Mas nem sempre é tão simples assim, não é? Às vezes, a forma como olhamos para o que sentimos — o julgamento que fazemos, o significado que damos ou até as estratégias que usamos para lidar com a emoção — pode fazer com que ela fique mais tempo do que o necessário. Quando brigamos com o que sentimos, acabamos gastando muita energia em uma luta interna que não nos leva a lugar nenhum. Quando aprendemos a aceitar, abrimos espaço para crescer e nos conhecer melhor.


QUANDO A EMOÇÃO DOMINA

Existe um termo para quando a emoção fica intensa a ponto de sobrecarregar quem sente: desregulação emocional. Isso acontece quando a emoção vem muito forte, dura mais do que deveria ou aparece em momentos que não parecem “justificar” aquela reação.

Ou ainda podemos chamar de desregulação quando a emoção está desativada excessivamente em situações que seria esperado que aparecesse.

A desregulação pode estar presente em alguns transtornos mentais, mas também pode surgir em períodos de muito estresse, cansaço ou dor emocional.

Algumas formas de lidar que podem não ajudar tanto assim

Todo mundo, em algum momento, cria estratégias para tentar aliviar emoções desconfortáveis. O problema é que, sem perceber, algumas delas acabam mantendo o sofrimento ou até aumentando. Entre elas estão:


Evitar situações: fugir de contextos que podem trazer emoções difíceis.


Esquiva experiencial: não entrar em contato com o que sente, negando e bloqueando a experiência emocional


Reprimir ou esconder as emoções: segurar tudo dentro. Às vezes pode até ser necessário em momentos específicos (como em uma emergência), mas viver sempre assim faz com que a pessoa desconecte do que sente.


Ruminação: ficar dando volta nos mesmos pensamentos, geralmente negativos, sobre o que aconteceu ou o que pode acontecer


Desligar: usar álcool, drogas, comida ou até se machucar para anestesiar a dor.


Dissociar-se: se desconectar da realidade ou do próprio corpo como forma de se proteger.


CAMINHOS QUE AJUDAM A ACOLHER O QUE SENTIMOS


A boa notícia é que dá para aprender formas mais saudáveis de lidar com as emoções. Algumas delas são:


Aceitar: olhar para a emoção sem julgamento e permitir que ela esteja ali, sabendo que vai passar.


Diminuir as sensações fisiológicas: usar a respiração, o relaxamento e pequenos gestos de autocuidado para acalmar ou direcionar de uma forma mais saudável a sensação corporal da emoção;


Trabalhar a resolução de problemas: quando possível, olhar para a situação e buscar passos práticos para mudar o que incomoda.


Ativação: fazer o oposto da tendência de evitar aituações e se engajar em atividades que podem gerar emoções agradáveis;


Reflexão: tentar ampliar a forma de ver as situações, enxergar a situação por outros ângulos e encontrar significados que não conseguimos perceber em uma primeira avaliação.


Buscar o apoio de alguém de confiança: conversar com quem você confia pode trazer clareza e acolhimento.


VIVER É SENTIR


Regular as emoções não significa não sentir. Significa construir uma relação mais gentil com o que passa dentro de você. As emoções não são inimigas — são mensageiras. E quando você aprende a escutá-las com cuidado, elas podem se tornar grandes aliadas no seu caminho de equilíbrio e bem-estar.


Se você sente que está difícil lidar com o que passa dentro de você, saiba que não precisa enfrentar isso sozinha(o). Buscar apoio psicológico pode ser um passo importante para aprender a acolher suas emoções e construir uma vida mais leve e saudável. Cuidar de si também é um ato de coragem e de amor-próprio